Nome científico - Oxalis latifolia Kunth
Gênero - Oxalis L.
Família - Oxalidaceae R.Br.
Origem - Continente americano
Oxalis latifolia é um tipo de trevo de três folhas chamado popularmente no Brasil de azedinha, trevo, trevo-azedinha e trevo-rabo-de-peixe. Em outras idiomas é chamado de vinagrete, acederilla, agrio, agritos (espanhol); fishtail oxalis, broadleaf woodsorrel, garden pink sorrel (inglês); trikhada (himalaia); entre outros nomes.
O trevo de três folhas (Oxalis latifolia) é originário da América Tropical e Subtropical, ocorre desde a Califórnia até a Argentina, porém no Brasil é reconhecido como uma planta naturalizada. Esse trevo ocorre em algumas regiões brasileiras em áreas antropizadas, portanto é uma erva ruderal que nasce em jardins, hortas e terrenos baldios e considerada por muitos como uma erva daninha.
Benefícios — Entre os benefícios do trevo azedinha, constam em obras literárias sobre PANCs, Plantas Alimentícias não Convencionais, que essa erva é comestível e pode ser consumida em saladas, refogadas, em cozidos e molhos. No Himalaia por exemplo são feitos um tipo de bebida refrescante e molho picante com a erva adicionada a outros ingredientes.
No entanto o recomendável é consumir pouca quantidade desse trevo devido ao ácido oxálico presente em todas as suas partes vegetais e responsável pelo sabor azedinho. Uma forma de diminuir os teores dessa substância é o cozimento, pois em altas concentrações ela pode prejudicar a absorção de nutrientes e ainda causar a formação de cálculos renais por se juntar ao cálcio. Outros vegetais que possuem ácido oxálico são o espinafre, carambola, tomate e beterraba.
Sabor — o trevo azedinha fornece sensação gustativa bem interessante e exótica, possui sabor azedo acentuado, porém agradável em poucas quantidades, por isso serve melhor como um tempero ou enriquecendo molhos.
Usos medicinais — erva usada como planta medicinal na Índia para tratar diarreia, disenteria, febre, problemas de pele, aftas, inflamações e verrugas (Krishnan, 2019). Em sua composição química constam alcaloides, flavonoides, fenóis, taninos, saponinas, terpenoides, esteroides, carboidratos e glicosídeos.
Propriedades medicinais — antidiabética, em testes realizados com ratos em dosagens entre 100, 200 e 400 mg/kg (Subramanian, 2019); antioxidante e antimicrobiana (Krishnan, 2019) e; anticancerígena frente a linhagens celulares de câncer de mama e de cólon (Subramanian, 2018).
Toxicidade — em testes realizados com ratos por Subramanian (2019) não foram encontrados sinais tóxicos em dosagem única até 1000 mg/kg.
Características do trevo Oxalis latifolia:
Flores do trevo azedinha |
Hábito — erva perene de até 25 cm de altura.
Caule — caule subterrâneo do tipo bulbo, apresenta formação de estolões com novos bulbilhos. As brácteas dos bulbos possuem três listras avermelhadas.
Folha — as folhas nascem no bulbo de forma espiralada e se sustentam por longos pecíolos pubescentes de até 30 cm de comprimento; elas possuem três folíolos glabros ou pouco pilosos e em forma de rabo de peixe, asa delta ou mariposa; o limbo possui cor verde na face superior, e também cor verde ou arroxeada na inferior. As folhas são reflexas (folíolos se dobram ao sol pleno e ao anoitecer, lembrando um guarda-chuva fechado).
Inflorescência — inflorescência umbeliforme.
Flor — as flores possuem sépalas verdes com calos alaranjados no ápice, possuem 5 pétalas rosadas com linhas amarelo-esverdeadas na base.
Fruto — não analisado.
Reprodução — frequentemente por bulbilhos que se formam nos estolões.
Folha reflexa ao sol quente |
Trevinho Oxalis latifolia fazendo a forração no vaso de planta |
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