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Família - Asteraceae - Bercht. & J. Presl
Tribo - Heliantheae - Cass.
Gênero - Eclipta - L.
Nome científico - Eclipta prostrata - (L.) L.
Sinônimo - Eclipta alba - (L.) Hassk.
Origem - Nativa do Brasil
Nomes populares - erva-botão (Brasil), yerba de tajo, false daisy.
A erva-botão é uma planta de nome científico Eclipta prostrata e nativa do continente americano, ela ocorre em parte da América do Norte (Canadá, EUA, México) e em todos os países da América Central e América do Sul. Além da distribuição natural essa planta hoje encontra-se introduzida em várias partes da Europa, África, Ásia e Oceania, segundo o Royal Botanic gardens.
No Brasil a erva-botão possui ampla distribuição por todas as regiões do país como uma espécie nativa, onde vegeta preferencialmente em ambientes de solo úmido e até saturado, como as várzeas, pântanos, margens de rios e lagos, e também em áreas cultivadas e urbanizadas.
Características da erva-botão (Eclipta prostrata)
Capítulo com minúsculas flores brancas |
A espécie Eclipta prostrata é uma erva anual ou perene que atinge em torno de 60 cm de altura, apresenta caule ereto ou pouco prostrado, áspero devido a pilosidade e rugas, e possui cor acastanhada em plantas jovens e vinácea em plantas maduras.
As folhas não possuem pecíolo, são simples e distribuem-se de forma oposta e cruzada, são de cor verde-escuras, possuem forma linear, lanceolada ou elíptica, o ápice é acuminado, a margem é serreada, são de consistência cartácea e possuem pilosidade em ambas as faces o que lhe confere textura áspera.
A inflorescência ocorre em capítulos, um a três de até 8 mm de diâmetro e dispostos em hastes que surgem da axila da folha ou no ápice do ramo; as brácteas dos capítulos são involucrais e dispostas em duas fileiras, geralmente são em número de 10 a 11, são verdes, de formato triangular (ovado), com ápice acuminado e possuem pilosidade.
As flores sã pequeninas, de cor branca e se distribuem pelo raio (marginais) e pelo disco (centro) do capítulo, as marginais ficam dispostas em até três séries e são liguladas, se assemelham a pétalas de margaridas, e as do centro são tubulares.
A infrutescência surge deixando os capítulos totalmente na cor verde, pois os frutos imaturos possuem cabeça verde que ganham tonalidade preta com corpo amarronzado na maturidade. Os frutos são aquênios oblongos e em forma de cunha, não possuem papus e medem até 2,5 mm de comprimento.
Erva-botão: benefícios
Aspecto da folha da erva-botão |
Em vários países a erva-botão vem sendo utilizada como erva medicinal para tratar muitos problemas de saúde, principalmente as partes aéreas dessa planta, como as suas folhas, que constam ser empregadas na preparação de extratos e fitoterápicos para auxiliar no tratamento de:
- cirrose e outros problemas do fígado;
- problemas gástricos;
- desintoxicação e infecções do organismo;
- doenças de pele e cicatrização de feridas;
- febre;
- problemas respiratórios;
- bronquite;
- hemorragias;
- picadas de insetos e serpentes;
- queda de cabelo, além de outros.
Devido a esses usos na medicina popular, a erva-botão (Eclipta prostrata) já passou por estudos científicos a fim de averiguar as suas atividades biológicas. Esses estudos laboratoriais e alguns clínicos foram publicados em periódicos científicos que constatam importantes propriedades medicinais nos extratos dessa erva, entre elas:
- analgésica;
- broncodilatadora (melhora do sistema respiratório);
- antioxidante;
- anti-inflamatória;
- hepatoprotetora (protege o fígado);
- hipolipemiante (reduz colesterol total e triglicérides);
- anti-hipertensiva (reduz a pressão arterial);
- neuroprotetora (reduz edema cerebral e melhora a memória);
- imunomoduladora (melhora do sistema imunológico);
- antiedêmica (contra toxinas de serpentes, entre elas jararaca, cascavel e surucucu);
- anticonvulsiva e antiepiléptica;
- antidiabética;
- osteoprotetora (previne e reduz a osteoporose);
- antitumoral (entre os quais contra linhagens de câncer de mama e de ovário);
- antimicrobiana; e
- atividade que promove o crescimento capilar.
Estudos também demonstraram que extratos da espécie Eclipta prostrata não causaram efeitos tóxicos nos organismos de cobaias testadas com doses de até 2.000 mg/kg corporal.
Caule rugoso e com pilosidade não eriçada |
Capítulos com frutos e as sementes sobre escala de 5 mm |
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