Família - Asteraceae
Gênero - Conyza Less.
Nome científico - Conyza bonariensis (L.) Cronquist
Origem - nativa do Brasil
Buva: prejuízos e benefícios
A buva é uma planta herbácea que se encontra distribuída de forma nativa por todas as regiões do Brasil e em mais alguns países da América do Sul. Ela também pode ser chamada de avoadinha e rabo-de-foguete, quase sempre com fama de ser uma planta daninha, pois invade jardins e áreas de cultivo agrícola causando alguns problemas, entre os quais: a planta compete por nutrientes do solo, impede a germinação de sementes de algumas plantas cultiváveis devido a possuir potencial alelopático e ainda serve de hospedeira para fungos e pragas como nematóides e insetos sulgadores de seiva.
Um fato que dificulta o seu controle como planta infestante no meio agrícola é que com o tempo ela se tornou resistente a alguns herbicidas devido o uso repetitivo desses agrotóxicos nas lavouras. Além disso, a espécie Conyza bonariensis forma híbridos com outras do mesmo gênero, principalmente com a espécie Conyza canadensis e Conyza sumatrensis.
Apesar de mal vista pelos agricultores, a planta tem um belo aspecto e tem o benefício de servir como planta medicinal para auxiliar no tratamento de problemas gastrointestinais, dores em geral, tosse, inflamações, espasmos, hemorróidas, hemorragias, cólicas, micoses, doenças venéreas, vermes e para aumentar a imunidade.
Além do uso medicinal e segundo a literatura científica, a buva (Conyza bonariensis) pode ser usada como planta alimentícia como mais uma fonte de nutrientes através do preparo das suas folhas e ramos superiores em saladas, sopas e como condimento. Apesar disso ela ainda é pouco consumida como verdura ou tempero devido a incerteza de grande parte da população rural de que se trata de uma planta comestível. Após o preparo a planta é aromática e de sabor levemente picante, é rica em proteínas, lipídios e antioxidantes.
Características da buva Conyza bonariensis:
Capítulos da inflorescência |
Planta anual, cresce preferencialmente em solo seco e a sol pleno, possui porte esguio e que alcança 1 metro de altura, o caule é de cor verde e coberto por pelos finos e eriçados. Uma característica facilmente notável e que a diferencia das outras espécies de Conyza é que os seus ramos laterais ficam mais compridos do que o eixo central, geralmente ficando arqueados devido ao peso da inflorescência.
As folhas distribuem-se pelo caule de forma alternada e quase sempre com formação de rosetas com grupos de até seis folhas de tamanhos diferentes onde poderá dar origem a um ramo novo; possuem consistência membranácea, são pilosas em ambas as faces, verdes-acinzentadas e não possuem pecíolo; na base do caule são lanceoladas a lineares e com margem lobada, já as folhas superiores são lineares e com margem inteira.
A inflorescência possui capítulos campanulados de até 6 mm de altura; com brácteas lineares, pilosas, de cor verde e com ápice agudo tingido de tonalidade vinácea; no interior dos capítulos estão agrupadas as minúsculas flores de tonalidade amarela. Os frutos são cipselas, cada qual com uma semente, quando maduros formam pompons vistosos na parte superior dos ramos floríferos e são dispersados pelo vento.
Folhas superiores |
Folha próximo à base do caule |
Ramos secundários maiores do que o central |
Aspecto geral da C. bonariensis |
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