Família - Asteraceae Bercht. & J. Presl
Tribo - Eupatorieae Cass.
Gênero - Austroeupatorium R. M. King & H. Rob.
Nome científico - Austroeupatorium inulaefolium (Kunth) R. M. King & Hob.
Origem - nativa do Brasil
A espécie Austroeupatorium inulaefolium é um arbusto originário de vários países das Américas, ocorrendo de forma nativa do Panamá até a Argentina onde pode ser conhecido como cambará-de-bicho, mariposera e sálvia-amarga.
Características:
Aspecto do arbusto |
A planta é uma herbácea perene de flores muito perfumadas, com floração no outono, e que habita várias formações vegetais, tanto em solos permeáveis quanto úmidos e a sol pleno, como bordas de matas, savanas, campos rupestres, várzeas e beiras de estradas.
Dentre as características morfológicas, a espécie tem porte ereto entre 2 a 3 metros de altura, o caule é cilíndrico, estriado da base até a região mediana e nas partes superiores pubescentes e purpúreos.
As folhas são pecioladas e opostas, podendo ocorrer de forma subopostas na parte superior do ramo, ou até de forma alternada. A lâmina foliar é glandulosa, oval-lanceolada a oblonga, com ápice acuminado, base atenuada a decorrente em direção ao pecíolo, margem crenado-denteada, possui textura membranácea a subcartácea e três nervuras principais, na face superior é coberta por pelos curtos e rígidos, e na face de baixo puberulenta e verde mais claro.
Aspecto das folhas da espécie A. inulaefolium |
As inflorescências do cambará-de-bicho são do tipo panículas corimbiformes que possuem capítulos campanulados com três a quatro séries de brácteas involucrais desiguais, ovadas a oblongas, com estrias longitudinais, margem ciliada e ápice arredondado; possuem flores de cor branca com aroma adocicado.
Os frutos são cipselas negras de costelas claras, com papus cerdosos e corpopódio claramente visível. As sementes são dispersadas pelo vento.
Propriedades medicinais do cambará-de-bicho:
Base do caule |
Em alguns países a espécie Austroeupatorium inulaefolium é utilizada por povos de comunidades rurais como planta medicinal para tratar cólicas menstruais, febre, azia, diabetes, hemorróidas, inflamações na garganta e pneumonia; também é empregada como inseticida contra carrapatos e piolhos em animais.
Em condições laboratoriais na Universidade de Caldas, na Colômbia, a planta mostrou efeito antibacteriano contra scherichia Ecoli, causadora de infecções intestinais e urinárias; Pseudomonas aeruginosa, causadora de infecções distintas pelo corpo; e Klebsiella pneumoniae, causadora de pneumonia e outras infecções.
Já estudos realizados na Universidade Federal de Juiz de Fora revelaram as atividades antioxidante e anti-inflamatória.
Imagem ampliada do capítulo com brácteas desiguais e ápice arredondado |
Obs.: A página nossafloranossomeio não orienta quanto ao uso de plantas para finalidades terapêuticas, apenas descreve sobre a espécie e suas propriedades mencionadas na literatura científica.
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