Brilhantina (Pilea microphylla) e suas propriedades medicinais

 
Planta brilhantina em um canto úmido
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A planta brilhantina:


Família - Urticaceae - Juss. 
Gênero - Pilea - Lindh.
Nome científico - Pilea microphylla - (L.) Liebm.
Nomes populares - brilhantina, frescura, helecho arroz, artillery plant, gunpowder plant.




A brilhantina é uma erva carnosa e delicada originária da América tropical (nativa da Flórida, México, América Central, Caribe e parte da América do Sul). Além da sua faixa nativa, ela ocorre como planta invasora em vários países ao redor do mundo, como no Brasil, onde se tornou uma espécie naturalizada.


Como características, a brilhantina é uma erva perene e de porte baixo, nos jardins normalmente são vistas com até 15 cm de altura; os ramos são suculentos e muito ramificados; as folhas são miúdas, carnosas, obovadas a arredondadas; e a sua inflorescência ocorre junto as folhas com minúsculas e despercebidas flores esbranquiçadas e também rosadas.


A Pilea microphylla se propaga pelas sementes que se dispersam, levando a planta a vegetar preferencialmente em locais sombreados e que apresentam umidade, como em canaletas de água, muros com musgos, frestas de calçadas e vasos de outras plantas. A brilhantina até tolera o sol pleno, nesse caso fica mais amarelada, mas na sombra ela fica mais vistosa, com a tonalidade mais verdinha.




Propriedades medicinais da brilhantina:



Pilea microphylla na canaleta de água

A brilhantina serve ao uso popular para tratar alguns problemas de saúde, existem registros etnobotânicos em diversos países sobre os usos medicinais que são feitos com essa erva, entre eles: contra alergias, feridas, febre, diabetes, cálculo renal e como diurético.


Isso devido aos fitoquímicos que a planta possui e que exercem propriedades terapêuticas, como as ações: antibacteriana, antioxidante, anti-inflamatória, antidiabética, radioprotetora, anti-infertilidade masculina e antidepressiva, todas comprovadas cientificamente, por exemplo:


  • O extrato bruto da planta apresentou atividade antibacteriana contra micro-organismos patógenos, principalmente contra os que podem causar intoxicação alimentar.
  •  Compostos antioxidantes que eliminam radicais livres foram confirmados nos extratos da brilhantina.
  • Estudos demonstraram a eficácia dos extratos da brilhantina na redução do edema em cobaias, confirmando a atividade anti-inflamatória.
  • Em testes com ratos o extrato da planta reduziu os níveis de glicose no sangue e que, segundo os pesquisadores, a Pilea microphylla pode ser uma forma alternativa contra diabetes, principalmente entre a população carente dos países subdesenvolvidos. Ainda foram confirmados reduções nos triglicerídeos e colesterol total.
  • O extrato bruto também teve efeito antidepressivo, que para os cientistas pode ser devido aos flavonoides. Segundo os quais, futuramente após outros estudos, esses compostos da brilhantina podem vir a ser utilizados como agente psicoterapêutico contra a depressão.
  • A ação anti-infertilidade foi constatada em ratos portadores de varicocele, que após o tratamento com extratos da brilhantina apresentaram aumento na taxa de fertilidade e redução nos danos do DNA dos espermatozoides. 
  • E por fim, compostos isolados da brilhantina administrados em cobaias 30 minutos antes da radiação, atenuaram danos causados ao DNA nas células, confirmando a ação radioprotetora. Para os cientistas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Manipal, na Índia, o uso em radioproteção requer a otimização in vivo dos compostos fenólicos isolados.


Obs.: A publicação tem caráter meramente informativo sobre a descrição botânica e as propriedades confirmadas cientificamente. Para tratamentos com plantas o correto é buscar orientação de um fitoterapeuta.


Assista ao vídeo sobre a brilhantina:



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