Árvores brasileiras pequenas e ideais para jardim e quintal

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Árvores para quintal, como escolher:


Plantar árvores no jardim ou quintal de casa é uma forma de contribuirmos para um ambiente mais ecológico onde seremos recompensados pelos seus benefícios.

Ao pensarmos em plantar uma árvore no quintal de casa, devemos avaliar com atenção para que esteja de acordo com nosso objetivo, ou seja, se queremos uma que dê mais sombra, ou mais flores, ou que atraia muitos passarinhos, ou tampe uma vista desagradável, ou simplesmente ter um quintal mais ecológico que contribua com mais verde principalmente no meio urbano. De todo modo, isso trará benefícios para todos, como redução das altas temperaturas, retenção da água da chuva na sua copa e maior infiltração no solo amenizando enchentes, redução da poluição sonora e atmosférica.

Mas o que todas as árvores escolhidas para plantar no quintal e próximo de casas devem ter em comum é o porte baixo a médio. Isso para evitar trabalhos extras com podas que acabam gerando gastos com mão de obra especializada e ainda geram lesões na árvore que podem facilitar a entrada de pragas e doenças, descaracterizam a arquitetura da árvore e geram stress para aves que terão de procurar abrigo e lugar para nidificar em outra árvore.

Outra característica das árvores que devemos avaliar é sobre as raízes da espécie que vamos escolher. Se o local do plantio for onde existe calçamento e muito próximo da casa, temos que escolher uma árvore que as raízes não irão causar danos no futuro, pois algumas árvores possuem raízes que se desenvolvem parcialmente na superfície do solo.

Sendo assim, apresento uma lista com algumas árvores que podem ser plantadas com sucesso no jardim ou quintal, privilegiando as nativas do Brasil, pois essas, principalmente quando estão plantadas em sua região de origem, são mais eficazes em gerar alimento para a fauna silvestre, seja através de suas flores, ou também por seus frutos.

  • Cajueiro (Anacardium occidentale)

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Foto: produção

Para começar, que tal ter um cajueiro no jardim de casa? Esse eu falo com propriedade, pois não tenho só um, e sim dois no gramado, que além de propiciar um belo efeito ornamental ainda produz deliciosos frutos. Os frutos do cajueiro são na verdade as suas castanhas, já a parte carnosa e suculenta são os pseudofrutos.

O cajueiro é nativo do Brasil e originário das regiões norte e nordeste do país.
Possui estatura mediana com porte que geralmente atinge 10 metros de altura. A copa é ampla e irregular, portanto, produz meia sombra. Os galhos são tortuosos criando o belo efeito ornamental. Essa árvore produz poucas folhas secas, o que conta a seu favor para ser plantada no jardim.

  • Jabuticabeira (Plinia cauliflora)

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Foto: nossafloranossomeio

A jabuticabeira é nativa e endêmica do Brasil. Essa árvore é originária da Mata Atlântica e uma ótima opção para ser plantada no jardim devido ao seu porte médio e produzir ótima sombra, além dos deliciosos frutos que servem para nosso consumo e de inúmeros pássaros. Por ter aspecto ornamental, já é muito utilizada em jardins até mesmo de residências em meio urbano.

  • Grumixama (Eugenia brasiliensis)

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Foto: mauro halpern

A grumixama é uma fruta nativa da Mata Atlântica e que tem o sabor doce a levemente ácido. É atrativa para os pássaros e também serve para nosso consumo.

A árvore grumixameira é da mesma família da pitangueira e jabuticabeira. Por apresentar porte médio, de até 15 metros de altura e copa estreita, é mais uma espécie que pode ser plantada em quintais próximo de casas.

  • Fedegoso (Senna macranthera)

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Foto: mauro halpern

O fedegoso é também conhecido como manduirana, pau-fava, aleluia.
É uma árvore de pequeno porte, nativa do Brasil, com ampla distribuição e que apresenta belíssima floração amarela em cachos.

Por essas características, aliado ao rápido crescimento, ela é uma espécie recomendada para arborização de ruas e praças, portanto, uma ótima opção para jardins residenciais.

  • Jacarandá (Jacaranda brasiliana)

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Foto: nossafloranossomeio

Esta indicação é para quem quer uma árvore que dê flores lindas. Existem algumas espécies de jacarandás que dão uma bela florada em tons lilás, uma delas é o popular jacarandá mimoso. Mas assim como ele, temos uma espécie que ocorre predominantemente no Cerrado, que é o Jacaranda brasiliana, conhecido popularmente como jacarandá-boca-de-sapo ou caroba.

Em comparação com o jacaranda mimoso, o jacarandá-boca-de-sapo tem o porte menor, o que o torna uma árvore recomendada para arborização de ruas e jardins.

A floração ocorre com a arvore totalmente despida de folhagem, deixando em evidência a sua copa recheada de flores lilás.

Outra espécie parecida é o jacarandá de minas (Jacaranda cuspidifolia), também conhecido como caroba ou carobão e que pode ser utilizado para a mesma finalidade.

  • Pau-cigarra (Senna multijuga)

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Foto: Forest and Kim Starr

O pau-cigarra é uma árvore nativa do Brasil e que ocorre principalmente no bioma Mata Atlântica. Essa árvore tem o porte que varia de 6 a 10 metros de altura. 

O nome pau-cigarra é pelo fato da seiva encontrada nas raízes ser atrativa para o inseto chamado popularmente de cigarra. Ao completarem o ciclo larval e de pupa, as cigarras sobem para a árvore onde liberam o exoesqueleto e, já com asas, permanecem ali por algum tempo, cantando.

A árvore apresenta floração com uma linda tonalidade amarela que se destaca em qualquer ambiente, sendo uma espécie apropriada para uso no paisagismo.

  • Babosa-branca (Cordia superba)

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Foto: nossafloranossomeio

A babosa-branca é uma árvore nativa da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.
Também pode ser conhecida como jangada-do-campo, grão-de-galo, árvore-de-ranho, carapiá.

É uma árvore excelente para ter próximo de casas por apresentar porte baixo a médio e os seus frutos (baga pegajosa) alimentarem variados pássaros e ainda ter uma floração que dá gosto de ver. Suas flores são grandes e brancas, surgem de inflorescências nas pontas dos galhos.

Para saber mais sobre essa bela árvore, assista ao vídeo Árvore babosa-branca do canal Nossa Flora, Nosso Meio no Youtube.

  • Quaresmeira (Pleroma granulosum)

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Foto: mauro halpern

A quaresmeira é uma árvore nativa da Mata Atlântica que faz muito sucesso devido a exuberante floração. Essa floração ocorre duas vezes ao ano, no outono e primavera, com flores de cor roxa muito vistosas. Existe ainda uma variedade de cor rosa.

Essa árvore é uma das que mais são utilizadas na arborização urbana devido as características ornamentais, a altura inferior aos fios da rede elétrica e por ser uma espécie nativa. Portanto, é uma ótima opção para quem quer uma árvore florífera no jardim e que atraia borboletas e passarinhos nectarívoros.

  • Pitomba (Talisia esculenta)

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    Foto: nossafloranossomeio
Para quem quer uma árvore que dê boa sombra e ainda frutos ricos em vitamina C, a pitombeira pode ser uma ótima escolha. A árvore atinge até 12 metros de altura e pode ser encontrada naturalmente nas regiões norte e nordeste, onde é mais conhecida, e ainda no centro-oeste e em parte do sudeste (Espirito Santo e Rio de Janeiro).

Os frutinhos são drupas arredondadas de polpa fina, translúcida e com um grande caroço. São muito procurados por animais silvestres e também é muito interessante ao nosso paladar. O sabor é um misto de adocicado a levemente ácido.

  • Aroeira salsa (Schinus molle)

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Aroeira salsa

A aroeira salsa é nativa da América do Sul, mas no Brasil essa espécie ocorre somente na região sul, nos biomas Mata Atlântica e Pampa. É uma árvore muito bela e elegante devido aos seus ramos pendentes e folhas finas. Assim como outras aroeiras, essa também produz frutinhos vermelhos que são muito procurados pelos pássaros.

O porte varia de 4 a 8 metros de altura e produz boa sombra, o que a torna uma ótima opção para arborização de calçadas e jardins, principalmente na região sul do país.

  • Manacá-da-serra (Pleroma mutabilis)

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Foto: mauro halpern

O manacá-da-serra é uma árvore muito ornamental e que ocorre na Mata Atlântica, na Serra do Mar, nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.

As suas flores mudam de cor à medida que envelhecem, elas desabrocham brancas e vão ganhando tons rosados até tornarem-se violáceas. Por essa característica, cria um efeito muito belo na paisagem, principalmente em meio florestal onde o verde predomina, pois essa árvore em seus locais de ocorrência natural formam grandes populações colorindo as matas.

Essa árvore tem porte de até 12 metros de altura e, por esse motivo, aliado a bela floração, pode ser muito bem empregada nos jardins de residências. Porém essa espécie só é recomendada para regiões de clima úmido por muitas vezes não se adaptar a clima mais seco.

  • Ipê amarelo (Tabebuia chrysotricha)

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Foto: Helder Ribeiro

Os ipês já são muito populares e admirados devido a exuberância com que florescem. E para nos encantar ainda mais, existem ipês variados que nos presenteiam com diferentes tonalidades.

Então temos o ipê-amarelo, ipê-roxo, ipê-rosa, ipê-verde, ipê-branco. Alguns podem chegar até 30 metros de altura, portanto, para arborizar um quintal ou jardim, deve-se procurar saber a espécie ideal de ipê, visto quê, entre os ipês-amarelos por exemplo, existem espécies que são de pequeno porte e algumas que são de grande porte.

Neste caso, um dos ipês-amarelos mais utilizados na arborização urbana é o de nome científico Tabebuia chrysotricha que possui porte de até 10 metros de altura. Além da florada encantadora, o ipê-amarelo tem galhos muito resistentes a ventos fortes o que o torna uma excelente opção de árvore para ser plantada em jardins de residências.

Outra espécie de ipê que também pode ser empregado na arborização de quintais e áreas urbanas é o ipê-verde. Ele é pouco popular devido suas flores serem verde-claras e ficarem camufladas em meio as folhas não sendo muito notadas, mas é um ipê de grande valor ambiental devido ser uma espécie com elevado risco de extinção.

  • Urucum (Bixa orellana)

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Foto: mauro halpern

A árvore é oriunda das regiões norte e nordeste sendo hoje cultivada por todo o país, não sendo recomendada apenas para regiões que ocorram geadas.

O urucum é o fruto da árvore chamada de urucuzeiro e que se tornou muito popular devido as suas sementes possuírem um corante natural de cor avermelhado utilizado pelos indígenas e, posteriormente, na alimentação popular e no setor industrial.

Ela apresenta porte baixo, de até 8 metros de altura, podendo ter a copa ampla.
Ter essa árvore no quintal de casa, o sucesso fica por conta das belas e perfumadas flores e por seus frutos que são utilizados para fazer o corante natural que é utilizado para realçar a cor dos alimentos.

Para saber mais, ver fotos, benefícios e receitas do urucum, leia: Urucum, o corante natural e seus benefícios.

  • Eritrina-candelabro (Erythrina speciosa)

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Foto: mauro halpern

A eritrina-candelabro, também chamada de mulungu-do-litoral e mulungu-candelabro, é uma bela árvore brasileira com porte de até 5 metros de altura. 

Apresenta espinhos no tronco e nos ramos. O destaque é a bela inflorescência disposta na forma de candelabro, com flores de tonalidade vermelho-vivo, ou raramente branco, e que surgem com a árvore despida da sua folhagem na estação do inverno.

Ela é uma árvore nativa da Mata Atlântica e que ocorre nos estados do Espírito Santo até Santa Catarina, tanto na faixa litorânea como fora dela, preferencialmente onde o solo apresenta grande umidade, como em beira de rios e várzeas.

No paisagismo, é uma pequena árvore escultural, ideal para quem quer atrair beja-flores.

  • Cássia-do-nordeste (Senna spectabilis)


A cássia-do-nordeste é uma árvore muito utilizada na arborização urbana de cidades nordestinas.
Ela tem o porte de 6 a 9 metros de altura. Plantada em outras regiões do Brasil pode apresentar altura um pouco maior, mas ainda pode ser plantada em quintais.

A copa é arredondada e produz boa sombra. A floração ocorre nos meses de dezembro a abril com flores amarelas cobrindo a copa.

  • Pitangueira (Eugenia uniflora)

pitangueira
Foto: nossafloranossomeio

A pitangueira já faz sucesso em muitos jardins devido as suas características ornamentais e por seus frutinhos agridoces, ou ainda, algumas pessoas gostam de tê-la por perto afim de usar suas folhas para fazer chá contra afecções da garganta.

Ela é nativa do Brasil e da mesma família da jabuticaba e da grumixama. Ocorre de Alagoas até o Rio Grande do Sul em várias formações vegetais. Pode se tornar um arbusto com aproximadamente 4 metros de altura, ou uma pequena árvore de até 9 metros de altura.

Seu caule é tortuoso com cascas que se soltam em largas placas. As folhas novas que surgem tem coloração acobreada e depois tornam-se verde-brilhantes. As flores são brancas e atraem muitas abelhas, principalmente as nativas sem ferrão. As pitangas são vermelhas, ou vináceas dependendo da variedade, e atraem muitos pássaros.

  • Fruta-do-sabiá (Acnistus arborescens)

Galho com frutinhos da planta fruta-do-sabiá
Fruta-do-sabiá

A fruta-do-sabiá ou marianeira é um arbusto ou arvoreta nativo da Mata Atlântica e que alcança de 6 a 8 metros de altura. É uma espécie que tem o plantio recomendado em suas regiões de distribuição natural para recuperar áreas degradadas. 

Essa planta não tem apelo ornamental, mas é de grande valor ecológico por atrair inúmeros pássaros que se alimentam dos frutinhos adocicados e alguns do néctar das flores, assim como os variados insetos polinizadores.

Devido ao seu porte pequeno e copa rala é uma boa opção para quem quer atrair pássaros de forma correta, principalmente em jardins residenciais do ambiente urbano, onde a alimentação natural costuma ser mais escassa e disputada pelos pássaros.

Valorize as árvores nativas


Essas são algumas opções da riquíssima flora nativa que temos em nosso país, ao valorizarmos essas espécies em detrimento das espécies que não são originárias do Brasil, os benefícios ecológicos serão maiores, pois os alimentos produzidos por essas árvores (frutos, néctar e pólen) são os preferidos pelos animais silvestres. Essas árvores nativas também já desenvolveram certa resistência a algumas pragas que existem por aqui.

Certamente ao termos uma árvore nativa em nosso quintal, receberemos visitas de muitos pássaros e de abelhas nativas sem ferrão e, dependendo do ambiente e com um pouco mais de sorte, até animais mais raros de avistarmos.

E aliado a todos os benefícios, ter árvores no jardim ainda nos proporciona matéria prima através de suas folhas, que poderão ser utilizadas para fazermos compostagem e produzirmos um excelente adubo orgânico para nossas plantas.

Bora plantar uma árvore nativa no jardim? 

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