Palmeira-juçara
Nomes populares; palmeira-juçara, palmeira jussara, palmito-juçara, jussara, palmiteiro, içara, palmito-doce, ripeira.
Nome científico; Euterpe edulis
Família; Arecaceae
Origem; Nativa do Brasil, não endêmica.
A palmeira-juçara é uma espécie nativa da Mata atlântica que apesar de sua importância ecológica se encontra em elevado risco de extinção. Isso se deve por alguns fatores: exploração irregular do palmito durante décadas, o desflorestamento da Mata Atlântica e, aliado a isso, a diminuição de animais dispersores de suas sementes.
Outro fator relevante e ainda em discussão sobre esse risco é referente a hibridação de juçara com o açaí da Amazônia. Pode ocorrer o cruzamento entre essas espécies ocasionando em uma espécie híbrida que forma touceiras e produz mais frutos, dessa forma, competir com a juçara na dispersão de seus frutos e ainda causar poluição genética.
Alguns produtores revelam que a espécie híbrida é estéril, mas ainda não é consenso entre pesquisadores. Com tudo, o próprio açaí vem se tornando uma espécie que está invadindo a Mata Atlântica e, sendo assim, para que uma espécie não interfira negativamente no bioma da outra, o ideal ao escolher uma palmeira para plantar é ter consciência de que o açaí (Euterpe oleracea) é nativo da região norte do país, enquanto a juçara (Euterpe edulis) é nativa da Mata Atlântica, do sul da Bahia ao norte do Rio Grande do Sul.
A palmeira-juçara apresenta hoje maior ocorrência em unidades de conservação, formando subpopulações com grande número de indivíduos. No interior das matas onde ocorre essa espécie, ela é facilmente avistada sobressaindo-se no dossel perante as demais árvores.
Importância ecológica da palmeira-juçara
É uma das mais importantes espécies botânicas dentro do bioma Mata Atlântica, desempenhando grande função ecológica, econômica e social. Ela produz alimento para um grande número de espécies da fauna local: 58 espécies de aves e
21 espécies de mamíferos consomem seus frutos e ajudam a dispersar as sementes (Galetti et al., 2013).
Atualmente, através do correto manejo da juçara, comunidades rurais obtêm renda devido ao valor nutritivo da polpa dos frutos que é utilizada para consumo humano através do preparo de diversas iguarias, como por exemplo: sucos, sorvetes, licores, e, principalmente, o chamado açaí de juçara ou juçaí.
Características da palmeira-jussara
Possui um único estipe (caule); reto, cilíndrico, de porte médio a alto, podendo chegar a cerca de 20 metros de altura principalmente em meio florestal. Não rebrota quando cortado.
Suas folhas são alternas, pinadas, em número de 8 a 15, com até 3 metros de comprimento, possuem longos folíolos distribuídos uniformemente na haste central, são arqueadas lembrando uma bandeira.
Seus frutos são globosos, lisos, de polpa fina e coloração roxo a preto quando maduros, contém uma única semente envolta por uma camada fibrosa que fica por baixo da polpa.
Produção de mudas do palmito-jussara:
Coletar os frutos maduros e recém caídos, remover a polpa de cor preta que cobre a semente, em seguida deixar de molho na água durante 24 h, semear em substrato que pode ser areia ou serragem, manter sempre úmido e após a germinação replantar em sacos de mudas com terra.
A juçara apresenta rápida e alta germinação, cerca de 20 a 30 dias quando as sementes são novas.
Belo conjunto de palmeiras juçara no paisagismo urbano. Devido ao porte belo e elegante poderia ser mais utilizada para fins ornamentais e, com isso, valorizar a flora nativa e atrair belos pássaros para o ambiente em que estiver inserida. |
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